terça-feira, 14 de setembro de 2010

Primavera

Eu sinto como houvesse um reinício
setembro, quando passa do equinócio
É o mundo que convida o olhar e o ócio
é flora que encontrou tempo propício

Beleza, muito mais que mero indício
desfilando mais leve, doce e dócil
Primavera zelosa, um sacerdócio
que só finda em dezembro, no solstício

Celebrando estação de mais amores
assaltam nossas ruas vivas cores
céu azul, tempo ameno, belos dias

Surgem ninhos, abelhas, girassóis
sensação que eu e o outro somos nós
natureza declama poesias.

3 comentários:

  1. quem dera hoje em mim primavera!
    belo, Nilson!
    como deve ser!
    sonoro!
    uma leiga falando de sonetos!

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  2. Apesar de ser adepta da poesia contemporanea, livre, sou apaixonada por sonetos.
    "PRIMAVERA" é um soneto decassilabo heróico muito bem trabalhado, e você conseguiu metrifica-lo sem perder a sensibilidade poética.
    A primeira estrofe por si só já é uma poema completo.
    Parabéns, poeta.

    Bjos, Aglaure(Gall Marttins)

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