domingo, 19 de setembro de 2010

Ira

É quando o ódio queima e ganha algo cortante
em que seu próprio instante escolhe qual destino
entre o ferver do sangue ou se manter cretino
entre abrir mão do gume ou se fincar adiante

é quando a ira mira o ser culpado à frente
em que o cartucho teima em se fazer de plano
a raiva merecendo e logo após o cano
e covardia teme o dano e se ressente

entre vingança pronta em garfo fumegante
ou refrear-se o impulso e sufocar de sede
entre o sentir-se besta e a fera ao seu comando

é quando o sem razão acode ou foge errante
e senso é seu algoz e está contra a parede
e seu juízo surta ou segue se ferrando.

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