terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pai

Lá dentro do caixão está meu velho
e agora já não posso ser o filho
Os pêsames ressoam estribilhos
repetem-me pesares e conselhos

Meu pai lá no caixão está defunto
Nem é ele que está, já nem existe
E eu sinto... O que que eu sinto? Estarei triste?
Estou pior que triste, eu morri junto.

Tá dentro do caixão, termina o cara
Que mais zelou por mim nesse planeta
e concedeu bem mais do que o gameta
e agora o mundo muda e desampara

Está morto e encerrado, acaba o homem
um corpo que se enterra e os vermes comem.

2 comentários:

  1. É, MM.

    Esse poema me foi diferente, neste quando acabei estava triste. Mas também foi bom fazê-lo, que é tudo complicado. Ou sou eu. hehehe

    Muito grato, sempre, você sabe.
    Beijo.

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