quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Livre iniciativa

Porque eu não escrevo, o poema é sozinho
se sai escrevendo, se escolhe e se inspira
depois se arrepende, então chora, suspira...
...eu fico assistindo tomando meu vinho!

Poema carente procura carinho
então se dedica outras odes e liras
quer ser infinito, no eterno se mira
enquanto o observo vaidoso e mesquinho.

Poema arrogante, o poeta, um omisso
não viu nada disso, servil, não fez conta
engana que é gosto, perdoa que é vício

distrai-se nas rimas não sobra uma ponta
que seja desculpa, lhe explique o sumiço
(o vate é tranqüilo, poema é que afronta).

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