Amo-te tanto que te quero morta
Que diminuas, vires só lembrança
Pois some, bate atrás de ti a porta
E jamais voltes, pago-te a mudança
Ou corres risco de eu querer vingança
Dum sentimento que só desconforta
Quando de noite sobre mim avança
Então me oprime, drena, até me entorta
Amo-te tanto, e é muito perigoso
Qualquer bom tempo sempre é antegozo
De acontecências de tragédia e horror
Amo-te muito, não quero por isso
Ficar tão perto, sei do precipício
E do tormento desse meu amor!
Certamente um grande amor passa por aí. Mas tentei ler esse soneto como quem fala diante o espelho sobre o amor próprio. Dessa dicotomia não há separação ou fulga.
ResponderExcluiramores tanto encarnados quanto nocivos, não sei onde é o limite do bem/mal querer. o que sei é que o escrito faz refletir sobre "amor". gosto da maneira que escreve!
ResponderExcluirE um amar assim enlouquece...Sempre prazeiroso ler-te, Nilson. Beijos, Poeta.
ResponderExcluirGratíssimo.
ResponderExcluirA intenção é provocar nessas junções, amor, bem/mal querer, dependência, vontade de domínio, paixões.
Feliz que só com as presenças, salve, salve!!