A duvidar que a vida seja sonho
ou presente mandado pelo infindo
assisto à crueldade, e já vêm vindo
temerárias paisagens, céu tristonho
Aos assassinos quase peço bênção
Em arremedos toscos, vãos e hilários
vou gastando meu cérebro e salários
sabendo (e como o sei!) o que eles pensam
Porém nesta embaixada a tal política
reveste-se de deusa e perde a crítica
e me profana tumbas, ferve verve
Acelerando a prece o fim de tudo
e não servindo o mundo eu fico? Mudo!
Pra tão pouca existência um qualquer serve.
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