quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eternidade

Como aquele prazer além do intenso
que calafria a espinha eriça pêlos
querer senti-lo e mais sonhar retê-lo
requer sido ordinários outros tempos

como doce que chega arrebentando
percepções como fosse inda mais doce
e sempre mais potente em maior dose
perdendo qualquer pose sem descanso

a queda livre eterna neste abismo
o corpo todo aceso já sem corpo
a lógica engolida em fantasias

pior que desconforto tal lirismo
um cismo engole um cético está morto
cruel eternidade me diria.

3 comentários:

  1. Não me canso de ler você, sabia?
    Tô lhe devendo o livro, mas mando em breve.

    1 beijo daqui.

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  2. A eternidade e mais um dia, lembrei de um conto que li, e, assim como teu poema, me fez viajar 'queda livre no abismo'.

    Belo soneto, poeta.

    Abração.

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    Parabéns pelo espaço, vai ser parada obrigatória, é certa, em busca de inspiração!

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  3. Muitíssimo grato, gentes.

    Márcia, te devo montões de agradecimentos, inclusive pelo blog, que não começaria sem seu empurrão.

    Dhenova, feliz que só com a presença, e acompanhando também os seus trabalhos vários, impressionado.

    Beijos.

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