terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

pequenos defeitos

pois eu nunca tive defeitos pequenos
há tempos não peno sonhando-me o eleito
exceto uns senões sou até bom sujeito
tirante o sem jeito até sou mais ou menos

o réu mais direito a mim mesmo condeno
confuso e sereno confesso e suspeito
beirando ao ingênuo meu caos é conceito
demais contrafeito do próprio veneno

sou juras e juros cobrados na fonte
desculpas aos montes e enormes securas
temendo a censura que vê no horizonte

do meio da ponte meu salto procura
que a própria paúra por fim se amedronte
e um verso desponte de cada fratura

2 comentários:

  1. Dizer o quê? Deixo meus aplausos entusiasmados, toques de clarim e fogos de artifício. Fantástico Nilson!

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  2. Excelente soneto! E os hendecassílabos nesse ritmo de galope se harmonizaram perfeitamente ao tema. Parabéns, Nilson!

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