terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

exercício alexandrino

Um mano sugeriu que eu fizesse um soneto
em verso alexandrino:  hemistíquios, cesura
a tônica na sexta e, seguindo a moldura,
na décima segunda. Eu, por mim, não prometo

que saia grande coisa: esse ritmo é correto?
a rima é consoante, enlaçada e segura
só com palavra grave. Agradeço a leitura
porém já lhes advirto: isto é um mero projeto

não chega a ser poema, é somente exercício
pra sustentar o vício, o fetiche por regra
e aqui nesta bodega exercer meu ofício

que não é sacrifício, uma vez que me alegra
(e agora a rima pega... oh, meu deus, que suplício...)
Faltou a chave d ouro, eu já sei. Desapega.

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