seus olhos refletiam amarelos
e eu perderia a hora para olhá-los
lembravam-me sonatas, caramelos
meus olhos esquecidos, seus vassalos
e os olhos se encontraram, foram elos
apagando temores, tombos, calos
fagulhas derretendo nossos gelos
lançaram-se os pudores pelos ralos
e os olhos viram corpos nos espelhos
explorando os contornos e os atalhos
seus olhos flamejantes, tão vermelhos
reluziam suores como orvalho
por isso que, apesar dos bons conselhos
não pude vir mais cedo pro trabalho.
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