eu não supero a raiva, odeio forte
e tremo de desejo de vingança
um sentimento vil, que não amansa
cortante, e que procura algo que corte
é o próprio combustível e transporte
a cópia cancerosa da esperança
meu ódio, ele se esbalda na matança
mas não se satisfaz sequer co a morte
enoja, me apodrece, gasta e rança
também revitaliza e reconforta
me serve como escudo e como lança
dá gana pra chegar co os pés na porta
me leva onde a clemência não alcança
e ensina que inocência é coisa morta
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