sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O tempo, que atravessa e queima pontes

O tempo, que atravessa e queima pontes
é o mesmo que, saudoso, se arrepende
do novo, vendo a glória no horizonte
do velho, desprezado no presente

O tempo, que não cura nem responde
é o mesmo que alivia e se resolve
no novo, quando sonha e voa longe
no velho, quando saca seu revólver

O tempo, que nos bate de porrete
é o mesmo em que o pecado se comete
no novo, quando estende seu tapete

no velho, quando o efêmero derrete
no novo, porque tempo é sabonete
no velho, porque o tempo é um pivete

3 comentários:

  1. Olá,meu companheiro de alma artística, que numa leve bofetada acorda meus devaneios para fluir nos teus. Senti este teu poema como se fosse a árvore do fruto da ciência. Nilson, tu és a luz que antes foste sombra. Obrigado pelo talento que nos serve.
    teu amigo, sempre, Moisés.

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  2. "Antes fostes sombra" é proposital e significativo.
    Valeu. Abraço.

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  3. Salve, salve, Moisés!

    Muito bom vê-lo por aqui. Precisamos encontrar pra botar a conversa em dia.

    Grandabraço, brou.

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