A cidade cede luzes, cede asfalto
a seus ratos e baratas, sua elite
Requebrando um pé descalço um salto alto
altos brados, vai cantando o novo hit
A cidade pede grana, teme assalto
violenta, e que ninguém desacredite
Litorânea, lá da serra, do planalto
pisa fundo, passa muito do limite
Bebe todas, passa a noite toda insone
e amanhece criticando a vizinhança
A cidade, perna fina e silicone,
quer memória, quer notícia e confiança
Muito embora deixe nome e telefone
a cidade não te espera nem te alcança.
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