quinta-feira, 9 de junho de 2011

sono

de sono meu senso sibila e sanfona
conforme contorna e procura ser sonho
é blues e soneto do quanto proponho
infame Morfeu que cochila e ressona

com sono sem véu que a vigília disponha
mentira e persona coleira do dono
silêncio sonâmbulo todo abandono
findando eficaz essa fala enfadonha

afago o cansaço no tarde desta hora
esporo carneiros persigo calores
excesso de cores refere a demora

acalmo os sentidos relevem-me humores
conforme o reverso cá dentro o lá fora
em tons fugidios com pincéis incolores

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