"Janela, espelho meu
- se eu te saltar
fodeu?" - Giovani Iemini
Quando um corpo passa e salta
pra depois do esquecimento
(toda janela é tão alta
que mal sabe do cimento)
Um que rompe grade e vida
muito cedo e muito tarde
(toda janela duvida
da coragem do covarde)
Quem se apoia e vai embora
encarar o precipício
(toda janela é pra fora
e do jeito mais difícil)
um que voa e vê-se morto,
um que a própria vista aborta
(toda janela olha torto
pra quem não prefere a porta)
segunda-feira, 27 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
sono
de sono meu senso sibila e sanfona
conforme contorna e procura ser sonho
é blues e soneto do quanto proponho
infame Morfeu que cochila e ressona
com sono sem véu que a vigília disponha
mentira e persona coleira do dono
silêncio sonâmbulo todo abandono
findando eficaz essa fala enfadonha
afago o cansaço no tarde desta hora
esporo carneiros persigo calores
excesso de cores refere a demora
acalmo os sentidos relevem-me humores
conforme o reverso cá dentro o lá fora
em tons fugidios com pincéis incolores
conforme contorna e procura ser sonho
é blues e soneto do quanto proponho
infame Morfeu que cochila e ressona
com sono sem véu que a vigília disponha
mentira e persona coleira do dono
silêncio sonâmbulo todo abandono
findando eficaz essa fala enfadonha
afago o cansaço no tarde desta hora
esporo carneiros persigo calores
excesso de cores refere a demora
acalmo os sentidos relevem-me humores
conforme o reverso cá dentro o lá fora
em tons fugidios com pincéis incolores
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