domingo, 27 de junho de 2010

Inês

Agora é tarde,...  Inês, assassinada,
não intercederá por vossas vidas,
vossas mortes serão mais merecidas
do que meu triste fado sem a amada

Pagar-me-eis com sangue a vil cilada
enquanto fingis face arrependida,
porém sabendo justa mi’a medida
- vosso castigo excede? Nunca, em nada!

Antes beijai a mão da esposa minha
Ajoelhai! – mesuras à rainha!
vosso tremor o fio da espada aborta

E súplicas direis por vossas sortes?
Tivésseis vinte vidas, vinte mortes
ganharíeis, pois eis,  ...Inês é morta.

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